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17.10.09

PREGAÇÃO

http://pt.wikipedia.org/wiki/Prega%C3%A7%C3%A3o

No cristianismo, pregação é como é conhecida a divulgação da palavra de Deus, do Evangelho de Cristo. Ela vem desde o tempo de Jesus e chega até aos dias de hoje. Este anúncio veio a partir da "ordem" dada por Jesus aos seus apóstolos (ou enviados):

"Ide pelo mundo inteiro, proclamai (pregai) o Evangelho a toda a criatura".[1]

No decorrer dos séculos, especialmente nas últimas décadas, vários religiosos e pregadores têm erguido suas vozes afirmando estar pregando o evangelho.
Índice
[esconder]

* 1 O conceito da Bíblia
* 2 A Pregação nas Escrituras Hebraicas
* 3 Nas Escrituras Gregas Cristãs
* 4 Depois da Morte de Jesus
* 5 Formas
* 6 Referências
* 7 Ver também
* 8 Ligações externas

[editar] O conceito da Bíblia

O termo grego ke•rýs•so, traduzido por "pregar", significa ‘fazer proclamação como arauto, ser um arauto, oficiar como arauto, proclamar (como conquistador)’.

O substantivo aparentado é ké•ryx e significa ‘arauto, mensageiro público, enviado, pregoeiro (que fazia proclamação e mantinha a ordem nas assembléias, etc.)’.

Outro substantivo aparentado é ké•ryg•ma, que significa ‘aquilo que é bradado por um arauto, proclamação, anúncio (de vitória nos jogos), mandado, intimação’..[2]

De modo que ke•rýs•so não transmite a idéia de se proferir um sermão para um grupo restrito de discípulos, mas sim a de uma proclamação aberta e pública. Isto é ilustrado pelo uso dessa palavra para descrever o "forte anjo [a] proclamar [ke•rýs•son•ta] com voz alta: ‘Quem é digno de abrir o rolo e de soltar os seus selos? ’".[3]

A palavra eu•ag•ge•lí•zo•mai significa "declarar boas novas".[4] Palavras aparentadas são: di•ag•gél•lo, "divulgar; notificar; declarar" [5]) e ka•tag•gél•lo, "publicar; falar a respeito; proclamar; propalar".[6]
[editar] A Pregação nas Escrituras Hebraicas

Noé foi a primeira pessoa a ser chamada de "pregador",[7] ainda que o profetizar feito anteriormente por Enoque possa ter-se divulgado por meio de pregação.[8]

Pregar Noé antes do Dilúvio, evidentemente incluía uma chamada ao arrependimento e um aviso da vindoura destruição, como se vê da referência de Jesus ao fato de que as pessoas não "fizeram caso".[9]

Segundo a bíblia, após o Dilúvio, muitos homens, como Abraão, serviram como profetas, proferindo revelações divinas.

A proclamação de Jonas a Nínive ajusta-se bem à idéia transmitida por ké•ryg•ma, e ela é assim descrita..[10]

As Escrituras Hebraicas também apontavam para a obra de pregação que seria feita por Cristo Jesus e seus seguidores. Em Lucas 4:16-21, Jesus citou Isaías 61:1, 2 como predizendo a sua comissão divina e a sua autorização para pregar.

também, em cumprimento do Salmo 40:9, Jesus ‘anunciou as boas novas [forma de ba•sár] de justiça na grande congregação’.[11]
[editar] Nas Escrituras Gregas Cristãs

Embora fosse primariamente ativo nas regiões desérticas, João, o Batizador, fez a obra dum pregador ou mensageiro público, anunciando a chegada do Messias e do Reino de Deus aos judeus que vieram ao seu encontro, concitando-os ao arrependimento..[12] Ao mesmo tempo, João atuou como profeta, instrutor (tinha discípulos) e evangelizador.

Jesus não permaneceu na região desértica de Judá depois de seu jejum de 40 dias ali, nem se isolou como que numa vida monástica. Ele reconheceu que a sua comissão divina exigia uma obra de pregação, e realizou-a publicamente, em cidades e em aldeias, na área do templo, em sinagogas, em feiras e em ruas, bem como na zona rural.[13][14]

Jesus fez mais do que pregar. Seu ensino recebe ainda maior ênfase do que a sua pregação.

Ensinar (di•dá•sko) difere de pregar no sentido de que quem ensina faz mais do que proclamar algo; ele instrui, explica, mostra as coisas por meio de argumentos e oferece provas. De modo que a obra dos discípulos de Jesus, tanto antes como depois de Sua morte, devia ser uma combinação de pregar e de ensinar.[15]

O tema da pregação de Jesus era: "Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado." [16] Como um arauto oficial, ele alertava seus ouvintes para a atividade de seu Deus Soberano, para uma época de oportunidade e de decisão.[17]

Como fora predito por Isaías, Jesus não só trouxe boas novas e consolo para os mansos, para os quebrantados de coração e para os que prateavam, e proclamação de liberdade aos cativos, mas declarou também "o dia de vingança da parte de nosso Deus".[18] Ele anunciou intrepidamente os propósitos, os decretos, as designações e os julgamentos de Deus perante os governantes e o povo.
[editar] Depois da Morte de Jesus

Depois da morte de Jesus, e notadamente a partir do Pentecostes, os seus discípulos deram prosseguimento à pregação, primeiro entre os judeus, e, por fim, a todas as nações. Ungidos pelo espírito santo, reconheceram ser arautos autorizados e, repetidas vezes, informaram disso seus ouvintes..[19][20]

Fizeram assim como Jesus lhes dera "um mandamento quanto a que dizer e que falar"..[21] Quando se lhes ordenou que cessassem de pregar, a resposta dos discípulos foi: "Se é justo, à vista de Deus, escutar antes a vós do que a Deus, julgai-o vós mesmos. Mas, quanto a nós, não podemos parar de falar das coisas que vimos e ouvimos." "Temos de obedecer a Deus como governante antes que aos homens." [22]

Esta atividade de pregação era parte essencial de sua adoração, um meio de louvarem a Deus, um requisito para obterem a salvação.;[23][24] Como tal, deviam participar nela todos os discípulos, homens e mulheres, até a "terminação do sistema de coisas".[15]

Esses primitivos pregadores cristãos não eram homens de elevada instrução segundo os padrões seculares. Tanto que o Sinédrio percebeu que os apóstolos Pedro e João eram "homens indoutos e comuns".[25] o próprio Jesus, "os judeus ficaram admirados, dizendo: 'Como é que este homem tem conhecimento de letras, sendo que não estudou nas escolas?'" [26]

Historiadores seculares registraram comentários do mesmo teor. "Celso, o primeiro a escrever contra o cristianismo, transforma em zombaria o fato de que trabalhadores braçais, sapateiros, lavradores, os mais desinformados e cômicos dos homens, sejam zelosos pregadores do Evangelho."[27]

Embora não tivessem obtido um elevado grau de instrução nas escolas seculares, os primitivos pregadores cristãos não eram pessoas despreparadas. Jesus treinou extensivamente os 12 apóstolos, antes de enviá-los a pregar.[28] Tal treinamento não se resumia a dar instruções, mas era um treinamento prático.

O tema da pregação cristã continuou sendo "o reino de Deus".[29] Contudo, a proclamação que eles faziam abrangia aspectos adicionais, em comparação com a que fora feita antes da morte de Cristo. O propósito de Deus tinha sido revelado por meio de Cristo; sua morte sacrifical se tornara um fator vital da verdadeira fé.

A posição enaltecida de Jesus qual Rei e Juiz tinha de ser conhecida e reconhecida por todos os que desejariam se salvos, e eles têm de ser submissos a esta. Assim, muitas vezes se diz que os discípulos ‘pregavam o Cristo Jesus’..[30]

Um exame da pregação deles torna claro que "pregarem o Cristo" não visava isolá-Lo na mente de seus ouvintes, como se ele fosse um tanto independente ou separado do arranjo do Reino e do propósito geral de Deus. Antes, proclamavam o que Jeová Deus fizera em favor de seu Filho e mediante este, como os propósitos de Deus estavam sendo e ainda seriam cumpridos em Jesus.[31]

Assim, fazia-se toda essa pregação para o louvor e a glória do próprio Deus "por intermédio de Jesus Cristo".[32]

Eles não faziam a pregação simplesmente como um dever, e servirem como arautos, não consistia meramente em proferir uma mensagem de modo formal. Tal serviço emanava da fé de coração e se fazia com o desejo de honrar a Deus e a amorosa esperança de levar salvação a outros.[33]

Os relatos mostram que os pregadores se dispunham a ser tratados como tolos pelos sábios segundo o mundo, ou a ser perseguidos como hereges pelos judeus. Por isso, também, a pregação deles era conjugada com arrazoamento e persuasão, para ajudar os ouvintes a crer e a exercer fé.[34]

Paulo de Tarso refere-se a si mesmo como tendo sido designado ‘pregador, apóstolo e instrutor’.[35] Tais cristãos não eram arautos assalariados, mas sim adoradores dedicados, que davam de si, de seu tempo e de seu vigor à atividade de pregação.[36]

Visto que todos os que se tornavam discípulos também se tornavam pregadores da Palavra, as boas novas se disseminaram celeremente, e, por volta da época em que Paulo escreveu sua carta aos colossenses uns 27 anos após a morte de Cristo, ele podia referir-se às boas novas "que foram pregadas em toda a criação debaixo do céu".[37]

Assim sendo, a profecia de Cristo sobre a ‘pregação das boas novas em todas as nações’ teve um certo cumprimento antes da destruição de Jerusalém e de seu templo, em 70 EC.[38][39]

A pregação cristã, descrita nas escrituras, é vigorosa, dinâmica e, acima de tudo, apresenta uma questão a respeito da qual as pessoas têm de tomar uma posição. Algumas se tornaram opositoras ativas, enquanto outras, escutaram por algum tempo, mas, por fim, viraramm as costas, por vários motivos. Ainda outras aceitaram as boas novas e agiram concordemente.[40][41]

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